Oswaldo Schlikmann Filho mais
conhecido por Wado, tem uma grande facilidade de se renovar a cada disco. Não
foi diferente dessa vez, ao começar as gravações do seu oitavo disco de
inéditas ele afirmou estar ouvindo muito indie rock e que isso iria influenciar
nesse novo trabalho, não tardou e Wado lança um clipe com uma estética mais
rock n roll, “um Wado diferente, mas não estranho” – disse minha esposa. O
clipe da música “Lar” foi gravado na jornada Adobe tendo como cenário o
belíssimo Armazém Usina em Maceió, um velho conhecido para os fãs do Wado que
moram em Alagoas.
O disco começa com “Lar” juntando
elementos já conhecidos pelos ouvintes do músico com uma pegada ou pouco mais
ousada, com guitarras mais rasgadas e bateria um pouco mais pesadas, o álbum
segue com a canção “Cadafalso” que conta com a primeira participação do disco,
Wado divide os vocais com Lucas Silveira, segue a energia da primeira música. É
na terceira faixa que eu senti a influência do indie, melodia animada que
me remeteu aos franceses do Phoenix; “Deitar” conta com Samuel Úria que acredito
ser a canção mais animada do Álbum.
Pois o que vem em seguida é um
Wado introspectivo, surgem violões e uma voz feminina: é a Graciela Maria.
“Galo” faixa que nos faz mergulhar num Wado de outrora, “Condensa” é uma das
minhas preferidas, conta com três vozes diferentes, João Paulo, Martin e Belen
Natali com sua voz espetacular. “Mundo Hostil” Gonzalo Dinis o Franny Glass e
Wado falam sobre a dor de viver em um mundo tão conturbado.
Em “Menino Velho” ele fala sobre
crescer, um homem uma criança envelhecida, “Sombra” é outra canção impar na
carreira do Wado, bela melodia e letra brilhante, “Palavra Escondida” fala
sobre aquilo que nunca dizemos, as palavras que dizemos a nós mesmo e sentimos
como se tivéssemos transparecido nossos sentimentos. O disco termina com “Um
Lindo Dia de Sol” canção um tanto mexicana e animada, nos dá esperança!
1977 é o oposto do “Vazio
Tropical” é um outro caminho, a própria descrição deixa claro essa intenção,
Wado não gosta de se repetir e sabe seguir em frente, acho isso um ponto
positivo na carreira de um músico, ele nos surpreende a cada disco, cada show
que vou é uma nova experiência que vivo, as letras estão sempre impecáveis, os
arranjos estão muito bem construídos, é um álbum para escutar enumeras vezes, contém
a participação de músicos do Uruguai, Alemanha, Portugal, Brasil e Argentina.
Disponível para download gratuito
em: www.wado.com.br
Produzido por Wado.
Gravado por Jair Donato, Shina, Pedro Ivo
Euzébio, Dinho Zampier, Joaquim Prado, Vitor de Almeida e Tácio Mendes.
Mixado por Pedro Ivo Euzébio | Masterizado por Sergio Soffiatti
Foto | capa por Pedro Ivo Euzébio.
Por Jefferson Britto*
*[https://www.facebook.com/JeffersonBritoo] é um grande amigo que gentilmente vai disponibilizar suas impressões sonoras aos leitores do eventual blog sempre às sextas-feiras.