quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pós- Capital Inicial



Este blog é sobre o underground de Ribeira do Pombal, mas, como não consigo nas minhas influências musicais me afastar do mainstream, sempre flertarei nas horas vagas sobre tietagens e buscas de shows e sons que me nutre. Os próprios idealizadores do @eventualrock tem o pé atolado em bandas do mundo pop-perfeito dos anos 80. E é para eles este post.


Meu primeiro disco de rock original, com selo brilhante e tudo, foi o acústico do Capital Inicial que comprei na revista Avon que minha mãe até hoje vende. Antes tinha umas fitas k7 gravadas que se dividia entre os albuns da Legião e as bandas de Seattle. Logo, foi ali que aprendi a cantar rock em português e que tinha uma banda chamada Aborto Elétrico, e que eu podia tocar violão.


De lá pra cá, quase 15 anos se passaram e finalmente pude ver o Capital Inicial no lugar onde eu menos esperava que fosse ver: em Ribeira do Pombal. Não que a cidade nem a região não tenha merecimento disso... mais pelas opções musicais que alimentam as festas populares desta parte do Brasil. Digo festa popular, no sentido da aplitude comercial de um empreendimento do tipo 'festa de camisa', nesse caso o Chupa Cabra Fest. 


Foi um show em que de nada se pode reclamar. Foi um show devastador! Mesmo para aqueles que nem gostam tanto assim do Capital e foram lá só pra fazer compra em sua loja intinerante, um dvd, uma camisa, cd que falta na coleção. Foi impactante como 15 dias antes tinham sido impactante a passagem da banda pelo palco mundo do Rock in Rio. Embora o show de Ribeira do Pombal tenha sido mais importante pelo ineditismo! Pelo menos para mim.


Pra quem era adolescente nos anos 80, que não é o meu caso, idolatrava o Capital Incial mas nunca tinha ido ao encontro... essa foi a oportunidade e tenho certeza que esses senhores quarentões aproveitaram. Dinho Ouro-Preto é um ícone dos 80 e como ninguém de sua geração sabe operar milagres como colocar todo mundo no mesmo barco num mar tão cheio de estilos que são essas festas baianas.


Ganhamos uma oportunidade de ouro em 2011 de poder ver duas bandas do mainstream: o J Quest e agora o Capital Inicial. O que vem depois de 2011? Acredito que nada parecido pelo menos para os próximos 25 anos. É um balanço positivo! Até pelo fato de que 25 anos passa rápido.  O rock, numa concepção pop é uma realidade completamente possível para as festas populares de Ribeira do Pombal, mais uma vez ficou provado isso. Agora é só esperar os 25 anos e pronto.


Foto por Pedro Nicolas.